Um dos bonecos do espetáculo Giz (1988). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Bonecos de Vinte Mil Léguas Submarinas (2007). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Vovó do espetáculo O Auto das Pastorinhas (1984). Foto: Lucas Braga/UFMG.

Giramundo: uma história em cordas

UFMG
4 min readAug 24, 2017

Marcos Becho*

U m acervo vivo de bonecos. Esse é o Giramundo, que modificou a cena artística mineira e nacional, no distante ano de 1971, ao levar ao público adulto e infantil inesperada visão artística do teatro de bonecos e marionetes. Desde então, o grupo montou 34 espetáculos teatrais, construindo acervo próximo de 1.500 bonecos e objetos de cena, considerado o maior da América Latina.

Todos eles se mantém ‘vivos’ porque estão regularmente em cena e também expostos no Museu Giramundo. Aberto ao público, podem ser visitados na rua Vargina 245, no bairro Floresta, em Belo Horizonte. No mesmo local, é possível acompanhar os espetáculos, no espaço de teatro do grupo.

A história do Giramundo está ligada aos artistas plásticos e professores da UFMG Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu, que o criaram em 1970. No ano seguinte, estrearam a peça ‘A Bela Adormecida’, encantando o público. Em diversos momentos, o grupo esteve presente no Festival de Inverno da UFMG, como em 2017, em que ofereceu residência em planejamento e produção de bonecos para teatro.

Detalhe de boneco da montagem A Bela Adormecida. Lucas Braga/UFMG

Inspiração

A história e presença do grupo na vida cultural do país é extensa e pode ser conhecida no site http://www.giramundo.org. Especialmente na produção de personagens cênicos, seus trabalhos experimentaram diversas formas, técnicas e referências culturais nacionais e internacionais.

De acordo com a atual diretora do grupo e filha de Álvaro e Terezinha, Beatriz Apocalypse, seus pais se inspiraram nos teatros de bonecos da França e trouxeram o conceito para o Brasil. “Meus pais já tinham um histórico com animação e escultura, por isso o interesse pelos bonecos”, conta Beatriz.

Neste ensaio, trazemos uma entrevista com Beatriz Apocalyse, cenas da residência artística no 49º Festival de Inverno e imagens que expõem a impressionante expressividade dos ‘bonecos vivos’ do Giramundo.

Tereza, Apocalypse e Madu, fundadores do Giramundo. Foto: Acervo Giramundo.
Bonecos diversos do acervo do Giramundo. Lucas Braga/UFMG
Personagens de Auto das Pastorinhas (1984). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Os Orixás (2001). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Giz (1988). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Detalhe do armário da oficina de bonecos do Giramundo. Foto: Lucas Braga/UFMG.
Bonecos de Miniteatro Ecológico (2003). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Entrada do Teatro Giramundo com decoração do espetáculo A Flauta Mágica (1991). Ao lado, boneca Maraó (Palavra Cantada). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Detalhe do “Baú de ossos” (painel no Museu com explicação de como os bonecos são feitos). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Bonecos do espetáculo O Guarani (1986). Foto: Lucas Braga/UFMG.
Boneca de Antologia Mamaluca (1984). e moldes de gesso dos bonecos de Flauta Mágica (1991). Lucas Braga/UFMG

OFICINA

Residência artística do Giramundo no 49º Festival de Inverno da UFMG, que aconteceu em Belo Horizonte de 28 de julho a 4 de agosto de 2017. Acompanhe:

Aluna da Belas Artes e Beatriz Apocalypse durante oficina ‘Construção de Bonecos de Balcão’, no 49º Festival de Inverno da UFMG. Foto: Lucas Braga/UFMG.
Produção de figurino para bonecos. Foto: Lcuas Braga/UFMG.
Produção de boneco. Foto: Lucas Braga/UFMG.
Participante da oficina do Giramundo faz ajustes em seu boneco. Foto: Lucas Braga/UFMG.
Beatriz Apocalypse. Foto: Lucas Braga/UFMG.
Durante o 49º Festival de Inverno, houve produção de bonecos na oficina Construção de Bonecos de Galpão. Fotos: Lucas Braga/UFMG
Foto: Lucas Braga/UFMG.
Foto: Lucas Braga/UFMG.
Foto: Lucas Braga/UFMG
Foto: Lucas Braga/UFMG.
Bonecos do espetáculo Os Orixás, de 2001. Foto: Lucas Braga/UFMG

Na foto ao lado, vê-se bonecos do espetáculo Os Orixás. Eles estão no repertório do grupo, que inova não apenas nos temas dos montagens, mas também nas técnicas de construção dos bonecos.

Cartazes de espetáculos do Giramundo

Cartazes de espetáculos do Giramundo. (Acervo Giramundo)

Entrevista

Conheça mais sobre a história e trajetória do Giramundo em entrevista de Beatriz Apocalypse:

* Marcos Becho é jornalista multimídia no setor de Mídias Sociais da UFMG

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